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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Encontrei-te perdida na confusão permanente da minha mala. Ao tempo!
Deves ser certamente os últimos restos desta história.
Preciso de te atirar para aqui, antes de atirar para o lixo.

#ParaAlguémQueTePartiuOCoração

«Não me partiste o coração, foste partindo. Não posso identificar um dia porque foram vários. Nem tão pouco um momento porque foram inúmeros. Mas a questão não passa por calendarizar no tempo, passa antes por tentar consertar o que quebraste, mesmo sabendo no quão pouco possível isso é. Tinhas a minha história nas tuas mãos e a minha vida ao teu lado. Que se f***, há companhias melhores! - é assim que identifico a tua chaga. Mas isso não se faz. Não se vira as costas a quem gosta de nós e a quem prometemos lealdade. Não se pára de defender e, pior ainda, se junta ao inimigo. Porque quem magoava uma, magoava a outra. Disseste-me um dia que quando te perguntavam o que se tinha passado entre nós tu não sabias o que responder. Mas isso não é nada, quando eu tenho que me responder ao porquê de teres falhado de tal maneira, e nunca mas nunca encontrar resposta. Talvez a culpa seja da esperança, de ter alimentado a ideia de que uma dia me virias pedir desculpa ou, mesmo sem elas, voltasses. Mas acho que até a esperança morreu, e ambas sabemos que quando o último protagonista morre, o filme chega o fim.
O enredo é simples. Não estiveste lá para ler o mais nobre silêncio nem para dar o abraço sem questionar a sua causa. Não ajudaste a percorrer caminhos ou a elaborar outros trilhos. Não me viste a vencer etapas nem tão pouco a falhar. Não te levantaste para aplaudir os sucessos nem te sentaste a chorar as derrotas. Simplesmente não estiveste e pior do que isso é não valer a pena contar-te. Sei que é recíproco mas a grande diferença é que não fui eu que me afastei e não se pode chegar perto de quem não deixa.
Foste irmã... enquanto foste.»
C.

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