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domingo, 26 de julho de 2015

Impossível não querer aprender mais!

Os nervos apertavam mas eu só pedia que as mãos não tremessem. Não se era suposto o primeiro backstage ter sido tão estranho para mim mas confesso que até entrar em palco a ideia era pôr-me dali a andar após a actuação, que provavelmente iria correr mal, e nunca mais entrar nestas coisas. Tocar piano? Só para mim, pensei. Ora porque ainda conhecia muito pouca gente, ora porque me sentia mal vestida comparando com algumas pessoas que via (mas o meu tema assim o exigia) ou, sei lá, "mas afinal que queria eu com aquilo? Que estava eu ali a fazer?". Foram oito temas passados com este sentimento até que chega a hora de entrar em palco. "É o primeiro concerto?" - perguntaram. "Nota-se muito?" - respondi. Acho que sim. Mas lá entrei, sentei-me e tentei concentrar-me. Aos 4 começamos. Comecei bem, afinal os dedos estavam a ir exactamente para onde eu queria. Talvez até pudesse dar certo. Cometi dois erros mas sem bloqueio, e que ao que parecesse ninguém notou. Quando pouco depois de começar o público começa a acompanhar com palmas, bem... o nervosismo evaporou-se, coloquei instintivamente um sorriso na cara, balancei um pouco ao som da música e, de repente, parecia que estava a tocar para os de casa. Voltou a ser estranho, mas desta vez pela positiva. Não fiz muito mas em conjunto acho que fizemos muito e finalizada a vénia pensei que afinal era menina para querer um pouco mais disto. Seria suposto ter gostado assim tanto? Não sei, mas gostei! Só tenho um pouco de pena não ter lá estado "ninguém" para (me) ver.
C.

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