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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A ti, caro blog...


Abandonei-te. Desculpa, mas pensei que era amor. Estúpida que eu sou, já viste? Então não é que fui pensar que poderia ser mesmo o meu momento? Dá-me vontade de rir, sempre me achei mais inteligente do que fui. Mas fui toldada pelos sentimentos, pela atenção, pelos sorrisos, pelos beijos, pelo colo que me levava até à cama, pelos abraços, pelas mãos dadas, pelos serões, pelos amigos, pela cumplicidade, pelo cinema vê la tu. Acreditas que voltei lá? Mais do que isso, voltei mesmo em sábados à noite? Desculpa, tu não merecias, mas eu também não merecia ter motivos para voltar, e... olha, aqui estou. Passaram-se tantas coisas que se torna agora difícil voltar para a vida que eu conhecia. Mas que ridículo, podes rir-te comigo? Já te disse que em momentos acreditei que poderia ser mesmo a minha hora? Oh ingénua, ainda bem que deixei tantos livros por ler. Preciso de entretenimento. Ele? Bem, foi realmente um imprevisto, mas como gostava que o conhecesses. Diz que sou uma pessoa cinco estrelas. Volta a apetecer-me rir. É que isso tornou-se um insulto face à decisão que se tomou. Na verdade, não sou tantas estrelas assim, só não sou cabra como as que ele conheceu antes de mim, o que lhe dificultou a vida. Afinal de contas, como se manda embora alguém assim? Exacto, com argumentos fracos - até que válidos mas fracos. Vou ter saudades dele, assim como tive de ti, mas a vida deu-me outro rumo. Só não sabia que seria para voltar ao caminho de sempre.
C.

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