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quarta-feira, 29 de julho de 2015

domingo, 26 de julho de 2015

Impossível não querer aprender mais!

Os nervos apertavam mas eu só pedia que as mãos não tremessem. Não se era suposto o primeiro backstage ter sido tão estranho para mim mas confesso que até entrar em palco a ideia era pôr-me dali a andar após a actuação, que provavelmente iria correr mal, e nunca mais entrar nestas coisas. Tocar piano? Só para mim, pensei. Ora porque ainda conhecia muito pouca gente, ora porque me sentia mal vestida comparando com algumas pessoas que via (mas o meu tema assim o exigia) ou, sei lá, "mas afinal que queria eu com aquilo? Que estava eu ali a fazer?". Foram oito temas passados com este sentimento até que chega a hora de entrar em palco. "É o primeiro concerto?" - perguntaram. "Nota-se muito?" - respondi. Acho que sim. Mas lá entrei, sentei-me e tentei concentrar-me. Aos 4 começamos. Comecei bem, afinal os dedos estavam a ir exactamente para onde eu queria. Talvez até pudesse dar certo. Cometi dois erros mas sem bloqueio, e que ao que parecesse ninguém notou. Quando pouco depois de começar o público começa a acompanhar com palmas, bem... o nervosismo evaporou-se, coloquei instintivamente um sorriso na cara, balancei um pouco ao som da música e, de repente, parecia que estava a tocar para os de casa. Voltou a ser estranho, mas desta vez pela positiva. Não fiz muito mas em conjunto acho que fizemos muito e finalizada a vénia pensei que afinal era menina para querer um pouco mais disto. Seria suposto ter gostado assim tanto? Não sei, mas gostei! Só tenho um pouco de pena não ter lá estado "ninguém" para (me) ver.
C.

sábado, 25 de julho de 2015


Encontrei-o no trabalho e fez questão de me chamar.
Continua a ser simpático para mim.



Era um início de uma bonita história não era?!
Pois... mas também continua a não passar disso. Damn!



C.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

E nada mais se acrescenta #64

"- Sabes qual é o teu problema, Quentin? Estás sempre à espera que as pessoas não sejam elas mesmas. Quer dizer, podia odiar-te por não seres nada pontual e por nunca te interessares por nada que não seja a Margo Roth Spiegelman, e por, tipo, nunca me perguntares como vão as coisas com a minha namorada... mas estou-me nas tintas, porque tu és tu. Os meus pais têm um raio de um monte de pais natais negros, mas não faz mal. Eles são eles. Sou tão obcecado por um website de consulta que às vezes nem atendo os telefonemas dos meus amigos ou da minha namorada. Isso também não faz mal. Eu sou assim. Gostas de mim na mesma. E eu gosto de ti. És divertido e és inteligente, e podes chegar atrasado, mas acabas sempre por chegar.
- Obrigado.
- Pois, bem, não estava a elogiar-te. Estou só a dizer: para de pensar que o Ben devia ser como tu, e ele tem de parar de pensar que tu devias ser como ele, e têm todos mas é de descontrair."
[Cidades de Papel - John Green]

domingo, 19 de julho de 2015

The Perfect Scene #72



- Its not you, Brooke, its me. I thought I was cool with this but I'm not, I'm sorry.
- With me and Lucas?! You do not have to feel like a third wheel. You're my best friend. Okay? He gets that.
- It's not that, Brooke.
- Then what is it?
- I just... (...) I guess I just missed you.
[One Treee Hill - S01E10]

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Se eu escrevesse seria assim #05

Gostava de um dia saber o que te levou a querer aproximar de mim, a conhecer-me. Não de um jeito meio tonto e superficial mas sim de um jeito mais sério, mais amigo. Foi a minha alegria? As parvoíces que eu dizia? Gostava tanto de vos ver rir. Do meu inglês fraquinho? Fazias sempre questão de legendar, mesmo quando nem era preciso. Da minha pronúncia? Que eu jurava não ter. Diz-me! Diz-me o que foi para que possa voltar a ser assim.

Lembro-me de ser mais feliz nesses dias do que ao fim-de-semana. Foi aí que eu percebi que a minha relação não estava bem. Quando ele dormia, dizia ele, era contigo que eu continuava a trocar mensagens. Quando a noite se fazia sentir mais pesada, refugiava-me num local onde o barulho deixasse de ser barulho e fosse apenas melodia e ficávamos assim, ao telefone. Não sei o que tanto tínhamos para falar mas na altura em que decidiste chegar não houve como não te deixar ficar. E se tivesse que existir um pedido de desculpa, talvez deveria ter sido aqui.
#2




sexta-feira, 10 de julho de 2015

Gym, agora com olho verde.

Vou directa ao ponto que para rodeios já tem chegado a vida. Meu caro olho verde, que tens uma certa graça já sabes que tens. Na altura que mais nos cruzávamos até que pensei que não me importaria de olhar mais de perto mas estavas noutra e eu cá não sou mulher de comprar guerras. Ora a coisa passou. Mas isto de nos voltarmos a cruzar no gym deve estar a dar a volta à cabeça (sem qualquer sentido romântico), ou à tua ou à minha. Explica-me porque fazes de um "olá, tudo bem?" uma pequena dissertação, segurando a conversa que por várias vezes já nem tem muitas pernas para andar. Explica-me porque não recebes o meu animadissimo "high 5" como os outros e fazes questão de um cumprimento mais usual ou porque te sentas no meu colo que, embora deveras confortável, tanto quanto sei não te chamou. Explica-me, porque é que enquanto eu, descabelada no final da aula tentando compor a artilharia de travessões que levo mas que pouco fazem, vens do outro lado da sala para mais dois dedos de conversa e outros dois a tentar testar o meu abdominal. Que é tentador, eu sei, mas que ainda não está tão fit como eu queria, aguenta coração! Explica-me porque é que és uma besta, mas das poucas que me enfrenta olhos nos olhos, quase constrangedor. Oh cara, ou soma ou some... que isto assim não está fácil. Ah pois, consta-se que tens namorada. Canalha! Afinal isto é só amizade.
C.

sábado, 4 de julho de 2015

Sou eu.

Para alguém que é feita de números e muito pouca ciência, a vulnerabilidade não assenta bem. Essa sou eu. Para alguém que tomou decisões para ser livre, para viver, para explorar, pelo prazer de sorrir e fazer sorrir, o comodismo de no limite do vão da porta optar por ficar é extenuante. Essa sou eu. Para alguém que é sempre mais feliz rodeada de gente, tentar convencer-se de que não faz assim tão mal ficar mais uma noite sozinha, é destrutivo. Essa sou eu. Para alguém para nunca quis realmente saber deles para nada, nem se achava tão pouco capaz de os ter, pedir, quando em vez, antes de dormir que a vida dê de uma vez por todas um jeito, é - tem sido - doloroso.

- Estás sozinha?
- Não. Estou bem. - disse-lhe, mas gritando.

Essa, agora, sou eu.
C.

The Perfect Scene #71







- Look, when I get angry like you are...
- You get angry?
- Hard to believe, I know.
But when I do, I usually end up realizing that underneath all that anger, I'm really just scared.
So, what are you scared of, Karen?







[Mistresses S03E02]

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Se eu escrevesse seria assim #04

Quando te conheci estava apaixonada. Duvido que te olhasse de maneira diferente se não estivesse mas, ainda assim, para mal dos meus pecados estava... mesmo apaixonada. Tínhamos um curso de gestão para partilhar mas no primeiro semestre mal te notei. Irónico, se olhar para o dia de hoje.

Não éramos bonitos. Éramos engraçados. Alegres e felizes?  Sim, acho que sim. Eras muito alto e, pelos teus olhos, passei a ser muito pequena. É esta a minha primeira lembrança mesmo tendo a certeza que para trás ainda houveram mais. A memória está turva. Parece que te conheço há uma vida e vai-se a ver, só passaram sete anos.

Não sei quando deixamos de estar em lados opostos da sala para passar a ficar em mesas paralelas. Mas sei que depois disso acontecer não houve reverso. Não sei como nem quando me deste o teu número de telefone mas sei que depois disso a única coisa que mudou, algumas vezes, foi a forma como o meu nome estava gravado. Não poderei portanto falar de primeiros gestos, primeiras palavras... daquilo que contadores de histórias revivem para decorar narrativas. Pois já só me lembro de quando já não dava para me afastar de ti.
#1